terça-feira, 5 de abril de 2016

Braços e abraços






Braços e abraços

- Por onde andam seus laços?

- Laços de fita? Fitas que enlaçam. Ah! Pela vida. Transpassaram esse corpo, selada minha alma está. Fato.

- Dá um abraço. Por onde andam seus sapatos?

- Sujos de lama. Lama da vida. Vida mundana. Em caminhos distantes da alma. Os sapatos, o corpo e a vida. Perderam os cadarços. Os laços.

- Aperta esse abraço. Por onde andam seus olhos?

- Não enxergam a vida. Vida sem laços. Abraços sem alma. Corpo perdido. Mente insana. Nem encanta. Nem vibra. Pura lama. Desato os nós? Nós! 

- Outro abraço. Por onde andam seus traços?

- Perdidos. Sem abraços. Sem laços. Chorosos. Corpo e alma. Distantes. Uma vida perdida. Não me abraço. Não abraço. Perco e não acho. Diacho. 

- Por favor, outro abraço. Por onde andam seus sentidos?

- Rejeito. Acolho aqui os sapatos. Sujos. Sem alma. Enlaço a morte. Sem vida. De olhos fechados. Não sinto. Não vejo. Nem quero. Dó. Medo. Estranho isso. O resto não vive. Ai! Ai! Tá bom! Outro abraço.

- Por onde andam seus sonhos?

- Pesadelos. Densos. Intensos. Recolhidos. Longe da alma que dá vida. Corpo sem vida. Só um corpo. Não mais. Vida que abraço. Que me toma. Fico perdido. Imóvel. Inerte. É novo. Isso é novo. Sinto algo novo. Antigo. Lembro que isso é bom. Sinto meu corpo. Sinto minha alma. Sinto a vida dentro de mim. Sinto o abraço. Ah! Abraço que me faz mudar. Mudança de vida. Vida leve. 

- Abraço vibra a vida. 

- Vida que abraço. Um abraço? Posso? 

- Abraço que cura a alma? que melhora a vida? Sim, pode. E, por onde andam seus braços?

- Envoltos nos teus braços, com esse abraço. Abraço de vida.
Escrevi o texto acima após perceber que muitas pessoas que conheço não se abraçam. Como é estranho conhecer essa ausência de abraço na vida. Então, inspirado teci o texto.



Quando foi a última vez que você teve um abraço? Não digo um daqueles abraços falsos, um bocado forçados, tipo saudação social, mas um verdadeiro abraço, sincero, honesto e bom? Espero que não tenha sido há muito tempo. Nunca subestime os benefícios de um abraço. Um abraço pode fazer-nos sentir muito melhor e contribuir para o nosso bem-estar, verdadeiramente. Os Abraços realmente têm um poder incrível!

O simples ato de abraçar diminui a pressão sanguínea, o batimento cardíaco e o nível de hormônios ligados ao estresse. Por isso, abraço significa saúde. Segundo estudos  da Universidade da Carolina do Norte (EUA), o contato físico pode aumentar a longevidade. Sugere ainda que uma relação forte e duradoura pode proteger contra futuras doenças cardiovasculares e fazer bem para a saúde geral. Os níveis de cortisol e de norepinefrina, hormônios do estresse, são reduzidos após um abraço. Além do nível de oxitocina, um importante hormônio ligado à felicidade, aumentar, afirma a psiquiatra Karen Grewen.

A Terapia do Abraço' não é apenas para os solitários ou para pessoas que sofrem. Ela pode tornar mais saudável quem já é saudável, mais feliz quem já é feliz e fazer com que a pessoa mais segura dentre nós se sinta ainda mais segura. Abraço é bom para todo o mundo.

Alerta o médico e psicanalista Geraldo Caldeira. “O sistema nervoso central, que faz parte do límbico, o sistema imunitário (defesa do organismo) e o endócrino (produção de hormônios) são articulados o tempo inteiro. O bem-estar traduzido no abraço mobiliza esse triângulo. Abraçar faz bem e é muito mais que um beijinho no rosto, porque ele significa entrega. Entrega como ato de proteção. Não se abraça só o corpo, mas a pessoa. É um ato que ‘diz’: ‘eu estou unido a você’”.

Para Geraldo Caldeira, o abraço é “mais revelador e íntimo”. No entanto, muitos têm dificuldade de se entregar a esse momento. “São pessoas que carregam o arco de proteção. Não passam desse limite (do abraço).” Há casos, inclusive, estudados dentro de patologias. Pessoas que demonstram, simplesmente, medo do abraço. “Estão no grupo dos esquizotímicos, que têm medo do contato (indivíduos introvertidos, reservados e que criam uma barreira de frieza). Há ainda aqueles que têm transtorno obsessivo compulsivo (TOC) ou mesmo que apresentam características obsessivas de repulsa ao toque.”

O psicanalista faz uma citação importante que ilustra bem o valor de um abraço. Ele conta que um cliente foi ser atendido por seu psicanalista em uma sessão de emergência. Ao prescrever a medicação, o médico colocou sua mão esquerda em seu ombro direito e, com a mão direita livre, escreveu a receita. Ao retornar ao consultório, o paciente revelou que aquele gesto foi como se tivesse recebido um abraço do terapeuta e que teria sido o mais importante daquele encontro. Um ato involuntário e inconsciente do psicanalista transmitiu ao paciente proteção, segurança, apoio, carinho e, naquele momento, por que não, uma cura. Ainda que momentânea. Ou não.

A proposta do psiquiatra italiano Michele Zappella é um tratamento que se propõe reduzir o isolamento social, aumentar a comunicação e desenvolver laços de união. Zapella aplicou a terapia em 50 crianças autistas, com idades de 3 a 15 anos, envolvendo a família e tendo como base essa terapia. Ela registra que 12% se normalizaram depois de dois anos, 18% perderam o comportamento autístico, 44% apresentaram progressos moderados e 26% não demonstraram resultados.

Usando uma expressão do sociólogo Nuccio Ordine, a intimidade seria ‘o líquido amniótico’ para que o abraço ocorra.” No entanto, Maria Goretti Ferreira diferencia os abraços. Ela enfatiza que o verdadeiro e íntimo “não é o abraço gaiato, meramente contato físico, mas aquele em que os corpos se tocam, celebrando o encontro de almas e corações. Nesse sentido, um abraço pode ser mais íntimo do que o sexo (como desempenho)”.


Sinta-se abraçado. Atente para o poder de cura do abraço. Nossa formação como terapeuta no Centro Metamorfose aponta para uma incrível mudança de comportamento da felicidade após uma sessão de abraços em nossas vivências. Participe desse movimento terapêutico. Venha conhecer meu trabalho. 

Abraço forte, meu caro leitor.

Fotos: Formação de terapeutas tântricos do Centro Metamorfose - turma 2015.



Sou Deva Chaitanya (Dinho)

Terapeuta Credenciado pelo Centro Metamorfose


Terapeuta Corporal Tântrico e Instrutor de Cursos Individuais de Massagem Tântrica, certificado em todas as modalidades de massagem do Método Deva Nishok, atendendo mulheres, homens e LGBT's, utilizando a Terapêutica Tântrica para proporcionar a ressignificação do potencial orgástico, reequilíbrio físico, mental, emocional e desenvolvimento bioelétrico, através das técnicas de Sensitive Massagem, Êxtase Total Massagem, Lingam Massagem, Yoni Massagem, G-Spot Massagem e P-Spot Massagem.

Graduado em Direito, com Pós em Gestão da Saúde pela UERJ.
Formação pelo Centro Metamorfose

  • 2015Capacitação em Terapêutica Tântrica - Método Deva Nishok

  • Atuação

  • Atende com Massagem Tântrica - Método Deva Nishok
  • Atende com Terapêutica Tântrica
  • Instrutor de Cursos Individuais de Massagem Tântrica
  •  



    Agenda Rio de Janeirodiariamente
    Entre em contato RJ (021) 991-430-427

    Nenhum comentário:

    Postar um comentário